quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MEU AR

Meu ar parece exclusivo,
não há sujeira em seu bojo,
não pode ser corrosivo,
não devasta em seu arrojo.

Passa em suave melodia
entre as serras coloridas,
e na silente harmonia
é vida das outras vidas.

Faz da palma dançarina,
da ramagem uma orquestra!
Faz da natura maestrina,
que se revela uma mestra.

À tarde chega o bom austro
em carícias de veludo!`
É como viajar num plaustro
em voo alto sobre tudo...

Este ar é puro alimento
do pulmão nicotinado.
É um santo linimento
por Deus a nós destinado.


                               do livro Gritos, 1986 em B. Central

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